Eficiência energética e ESG: por que adotar práticas sustentáveis?

Entenda como a eficiência energética e as práticas ESG estão transformando o transporte marítimo, principalmente a cabotagem!

Eficiência energética e ESG: por que adotar práticas sustentáveis?

No cenário global atual, a pressão por práticas sustentáveis nunca foi tão intensa. Empresas de todos os setores estão sendo cobradas a reduzir seu impacto ambiental, e a logística, especialmente o transporte marítimo, está no centro dessa transformação. Nesse contexto, a eficiência energética surge não apenas como uma ferramenta para economizar recursos, mas como um pilar estratégico para empresas que buscam longevidade e relevância no mercado.

A eficiência energética faz parte do ESG, termo bastante utilizado no meio empresarial para definir as estratégias de desenvolvimento ambiental, social e de governança. Continue a leitura para saber mais sobre a relação entre esses dois termos!

Qual é o conceito de eficiência energética?

Eficiência energética é a capacidade de obter os melhores resultados utilizando uma quantidade menor de energia. 

Em termos práticos, significa fazer mais com menos. Isso pode envolver desde a otimização de processos até o uso de tecnologias mais avançadas que minimizem o consumo de recursos naturais. O objetivo é reduzir o desperdício de energia, gerando benefícios econômicos e ambientais. 

Para o setor de transporte, isso acontece movendo cargas de forma mais inteligente, consumindo menos combustível e gerando menos poluição. O uso de modais mais eficientes é o foco.

E qual é a sua relação com o ESG?

A eficiência energética está intrinsecamente ligada ao pilar ambiental (Environmental) da sigla ESG (Environmental, Social, and Governance). 

As práticas de ESG representam um conjunto de critérios que avaliam o quão sustentável e ética é uma empresa. No pilar ambiental, a redução das emissões de carbono, o consumo consciente de recursos e a gestão de resíduos são fundamentais.

Para o setor logístico, consumidor de energia e gerador de carbono, a eficiência energética é uma resposta direta aos desafios impostos pelas crescentes exigências de mercado e regulações. 

Empresas que investem em eficiência energética demonstram compromisso com a sustentabilidade, atraindo investidores, clientes e talentos que valorizam esses princípios. É uma forma de construir uma imagem positiva e estratégica, além de garantir a conformidade com as normas ambientais.

A importância da sustentabilidade no transporte marítimo

O transporte marítimo é a espinha dorsal do comércio global, responsável por movimentar mais de 80% das mercadorias. No entanto, é também emissor de gases de efeito estufa. Ciente disso, a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu metas ambiciosas, como a IMO 2050, que visa zerar ou quase zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 em comparação com os níveis de 2008.

Essa pressão não vem apenas de órgãos reguladores. Clientes, consumidores e até mesmo a sociedade em geral estão cada vez mais exigentes em relação às práticas sustentáveis das empresas. 

Optar por fornecedores que demonstrem responsabilidade ambiental tornou-se um diferencial competitivo. Ignorar essa demanda pode resultar em perda de mercado, sanções regulatórias e danos à reputação da marca. A sustentabilidade deixou de ser um custo para ser um pilar estratégico.

Exemplos da eficiência energética no setor marítimo

Empresas do setor marítimo estão adotando diversas iniciativas para aumentar a eficiência energética. Uma das principais é a otimização de rotas, utilizando softwares avançados que consideram condições climáticas, correntes marítimas e tráfego para traçar percursos mais curtos e com menor consumo de combustível.

Outras ações incluem a modernização da frota com motores mais eficientes e o uso de tecnologias de propulsão mais modernas. A análise de consumo em tempo real, por meio de sensores e sistemas de telemetria, permite aos operadores identificar padrões de uso e implementar ajustes para otimizar o desempenho. O uso de revestimentos especiais no casco dos navios também ajuda a reduzir o atrito com a água, diminuindo a necessidade de força propulsora. 

Todas essas iniciativas são acompanhadas por métricas ambientais rigorosas, que quantificam os resultados e permitem aprimoramentos contínuos.

Quais são os indicadores de eficiência energética no setor?

Para mensurar o progresso e garantir que as práticas de eficiência energética estão surtindo efeito, o setor marítimo utiliza uma série de indicadores. Os mais comuns são:

  • Emissões por tonelada transportada: Mede a quantidade de CO₂ emitida para cada tonelada de carga movimentada, fornecendo uma visão da pegada de carbono por unidade de serviço.
  • Consumo energético por milha navegada: Avalia o consumo de combustível em relação à distância percorrida, ajudando a identificar a performance energética da embarcação em diferentes condições.
  • Índice de Eficiência de Projeto de Navios (EEDI) e Índice de Eficiência Energética de Navios Existentes (EEXI): São regulamentações da IMO que estabelecem limites para as emissões de carbono com base no design (EEDI) e na operação (EEXI) dos navios.

Esses indicadores não só permitem que as empresas monitorem seu desempenho ambiental, mas também fornecem dados importantes para a tomada de decisões estratégicas, o planejamento de investimentos em tecnologia e a comunicação transparente com stakeholders.

Combustíveis alternativos e a sustentabilidade

A busca por combustíveis alternativos é outro pilar fundamental para a sustentabilidade no transporte marítimo. Com as metas de descarbonização cada vez mais próximas, a indústria está avaliando diversas opções para substituir o óleo combustível tradicional. Entre as principais alternativas em debate hoje, destacam-se:

  • Biodiesel marítimo: Produzido a partir de biomassa vegetal ou gorduras animais, o biodiesel pode ser uma alternativa “drop-in”, ou seja, pode ser misturado ou substituir o combustível fóssil sem grandes modificações nos motores existentes. A disponibilidade e o custo ainda são barreiras a serem superadas, sendo uma importante opção no caso da logística doméstica.
  • Gás Natural Liquefeito (GNL): Considerado um combustível de transição, o GNL reduz significativamente as emissões de óxidos de enxofre (SOx) e partículas, além de diminuir as emissões de CO₂ em até 20% em comparação com o óleo combustível. Contudo, sua produção e logística de abastecimento ainda apresentam desafios.
  • Metanol verde: Produzido a partir de fontes renováveis, como biomassa ou hidrogênio verde, o metanol verde tem potencial para ser neutro em carbono. Embora ainda em fase de desenvolvimento e com infraestrutura limitada, é visto como uma promessa para o futuro da navegação.

A escolha do combustível ideal depende de uma série de fatores, incluindo a disponibilidade, o custo, a infraestrutura de abastecimento e as características operacionais dos navios. Realizar a transição para esses combustíveis não é simples e exige investimentos pesados em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura.

Eficiência energética: um diferencial competitivo

Implementar a eficiência energética vai além da conformidade regulatória, ela é um poderoso diferencial competitivo. Empresas que investem em práticas sustentáveis observam uma série de benefícios, como:

  • Redução de custos operacionais: Menor consumo de combustível e energia, aumentando diretamente a economia.
  • Fortalecimento da marca e reputação: Ser reconhecido como uma empresa ambientalmente responsável atrai clientes e parceiros que valorizam a sustentabilidade.
  • Acesso a novos mercados: Muitos mercados e cadeias de suprimentos globais estão exigindo cada vez mais práticas ESG de seus fornecedores, abrindo portas para empresas mais sustentáveis.
  • Melhora no cumprimento de metas ESG: Contribui diretamente para as metas ambientais da empresa, facilitando o acesso a linhas de crédito “verdes” e atraindo investimentos responsáveis.

Em um cenário em que a responsabilidade ambiental é um fator decisivo, a eficiência energética posiciona as empresas à frente da concorrência, garantindo não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade financeira e estratégica a longo prazo.

Cabotagem como aliada da sustentabilidade

No contexto brasileiro, a cabotagem, o transporte de cargas pela costa marítima, emerge como uma alternativa altamente eficiente e sustentável

Em comparação com o modal rodoviário, a cabotagem apresenta uma menor emissão de CO₂ por tonelada transportada. Um navio pode transportar o equivalente a centenas de caminhões de uma só vez, desafogando as estradas e reduzindo significativamente a pegada de carbono da logística nacional.

A “BR-marítima”, como a ABAC gosta de chamar, é uma infraestrutura natural que já existe e está pronta para ser explorada. Ao optar pela cabotagem, as empresas não apenas contribuem para a eficiência energética da sua cadeia de suprimentos, mas também ficam alinhadas com os objetivos de sustentabilidade e ESG, demonstrando compromisso com um transporte mais limpo e eficiente. É uma ferramenta fundamental para a descarbonização da logística brasileira.

O futuro do transporte marítimo está na eficiência energética!

A transição para um transporte marítimo mais sustentável e eficiente é uma realidade irreversível. As empresas que não acompanharem as novas exigências de ESG e eficiência energética arriscam perder competitividade e relevância no mercado global. 

O futuro é de navios mais limpos, tecnologias mais inteligentes e uma logística que equilibra o crescimento econômico com a responsabilidade ambiental.

É o momento de investir em inovação, adotar novas tecnologias e explorar modais como a cabotagem para garantir um futuro mais sustentável para o setor de transporte de cargas.

Quer saber mais sobre como a cabotagem pode impulsionar a eficiência energética e as metas ESG da sua empresa? Acompanhe nossos conteúdos e descubra como a ABAC está conectando o Brasil de forma mais eficiente e sustentável!

 

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