Efeitos da reestruturação serão melhor percebidos em 2022, projeta Transpetro

À Revista Portos e Navios, empresa afirma estar colhendo resultados de reposicionamento no mercado para ganhar flexibilidade, eficiência e competitividade.

Efeitos da reestruturação serão melhor percebidos em 2022, projeta Transpetro

A Transpetro avalia ter obtido resultados históricos em diversas frentes no ano passado devido à reestruturação implementada para reposicionar a companhia no mercado de forma competitiva. Em 2020, as operações de transbordo e tancagem ajudaram a compensar a ‘frustração’ de receita pela movimentação de produtos. As operações ship-to-ship foram importantes e atingiram novo recorde para a companhia. A Transpetro enxerga como desafio manter os ganhos e se tornar uma empresa mais eficiente, leve e capacitada para atender os atuais e novos clientes com soluções integradas de seus ativos de terra e mar. Uma das apostas da empresa é na capacidade de oferecer novas alternativas logísticas ao mercado.

“Vamos colher em 2021 os frutos do que fizemos em 2020. E 2022 será o primeiro ano em que vamos usufruir de tudo o que foi feito na reestruturação do custeio. A Transpetro estará muito diferente a partir de 2022”, afirmou a companhia à Portos e Navios, por meio de sua assessoria de imprensa. A agenda de 2020 focou na disciplina de capital, para baixar o overhead (conjunto de despesas operacionais) e tornar mais leve a estrutura de custeio, que inclui pessoal, energia elétrica e gastos administrativos. Outros pontos de atenção foram a disponibilidade dos ativos, a fim de permiti-la operar na capacidade plena, bem como a ampliação dos serviços prestados, seja para a Petrobras, seja para terceiros. Durante a pandemia, a companhia procurou manter essas bases em seu planejamento anual e nas ações previstas no programa de resiliência.

A companhia obteve R$ 1,3 bilhão de lucro líquido em 2020, quase R$ 300 milhões a mais do que sua melhor marca anterior, obtida em 2015. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 3,8 bilhões, 52% acima dos números apurados em 2019. A geração de caixa totalizou R$ 4,2 bilhões, crescimento de 38% em relação ao ano anterior. “Entregamos maior geração de caixa, menor overhead, melhores resultados de segurança de todos os tempos e menor indicador de custeio unitário de movimentação de produto da série histórica”, celebrou a Transpetro.

A Transpetro buscou rentabilizar a partir das atividades que a empresa era demandada, como nos tanques, para possibilitar a gestão ativa dos estoques por parte da Petrobras. A avaliação era que a controladora já havia demandado mais operações de transbordo em 2019 e que os volumes aumentariam em 2020. “Somando-se a tancagem e as operações de transbordo realizadas no último ano, não só compensamos a frustração de receita pela movimentação de produtos como geramos um ganho maior. Muito do resultado de geração de caixa recorde veio daí”, destacou a companhia.

Está nos planos da Transpetro ampliar e obter mais eficiência nas operações de ship-to-ship. O número de transbordos, que já havia passado de 50 operações anuais para 320 em 2019, aumentou 66% em 2020. “Batemos todos os recordes e chegamos a considerar que havíamos alcançado o teto. Em 2020, vimos que podíamos fazer mais e nos reinventamos. Chamamos a responsabilidade de resolver a logística da nossa controladora dentro de casa e aumentamos o número de operações de transbordo”, avaliou a Transpetro. Em março deste ano, a empresa retomou as operações ship-to-ship no Porto de Pecém (CE), expandindo as opções logísticas para petróleo e derivados no Brasil.

O foco, de acordo com a Transpetro, não está somente na operação de petróleo, mas também na operação de derivados. A empresa destacou que, enquanto o mercado de petróleo indica um elevado potencial de expansão com a entrada de novos operadores, a operação de derivados dá bons sinais com a retomada de operações no Ceará. “A Transpetro demonstra comprometimento em apresentar soluções logísticas com eficiência e flexibilidade para atender o crescente mercado ship-to-ship na costa brasileira”, enfatizou a companhia.

O índice de disponibilidade operacional (IDO) da frota superou 99% em todo o segundo semestre de 2020. A Transpetro tem esse como um dos focos de gestão e destaca o aumento do indicador ao longo de 2020, com o alcance dos melhores resultados mensais dos últimos três anos. De acordo com a empresa, o IDO continua a performar nesses patamares em 2021, baseado em melhorias na gestão e disciplina operacional. A idade média de navios da Transpetro foi reduzida de 13,6 para 9,3 anos, após a alienação de 11 navios.

A empresa adotou um processo de gestão ativa da frota, considerando em sua avaliação periódica demandas e requisitos do mercado de petróleo e gás no Brasil e no mundo. O planejamento prevê o fechamento de 2021 com idade média da frota em 8,1 anos. A Transpetro afirma ter feito uma avaliação integrada da frota, à luz da demanda de seus clientes e de oportunidades no mercado de navegação nacional. “O objetivo é o atendimento às demandas da forma mais eficiente e eficaz, considerando as melhores práticas do mercado de shipping mundial. As ações tomadas em 2020 e planejadas para 2021 estão em linha com os melhores padrões da indústria”, acredita a companhia.

A companhia ressaltou que o crescimento da produção e exportação de petróleo no Brasil é o grande gerador de demanda e foco do crescimento da frota. “A Transpetro vem fazendo estudos de mercado e avaliando demandas de seus clientes, tendo previsto em seu plano estratégico ações de crescimento da frota em classes relacionadas à exportação de petróleo e alívio da produção”, salientou. Também estão no radar da empresa as mudanças no mercado de cabotagem com as regulamentações e processos de desinvestimento das refinarias e campos de petróleo da Petrobras, buscando oportunidades de desenvolver esse novo mercado.

A Transpetro, que se associou à Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) em novembro do ano passado, desenvolve estudos técnicos para quantificação de impactos e propostas ao PL 4.199/2020 (BR do Mar). O objetivo é, juntamente com as empresas do setor, enviar contribuições ao Congresso para a maior competitividade e melhoria da marinha mercante nacional. A Transpetro ponderou que o projeto ainda está em análise pelo Congresso, o que poderá resultar em alteração e aprimoramento dos dispositivos indicados no texto, atualmente em tramitação no Senado.

No mercado, estima-se que cerca de 40% de toda carga transportada no sistema Petrobras são carregadas por navios próprios da Transpetro e aproximadamente 60% correspondem a afretamentos. A empresa movimenta petróleo, derivados e gás liquefeito de petróleo (GLP) por cabotagem ou navegação de longo curso. Em 2020, os navios da empresa movimentaram cerca de 86 milhões de metros cúbicos de petróleo e derivados, em torno de 37% da carga movimentada por via marítima pela Petrobras, o que contribuiu para o recorde de exportação de petróleo alcançado pela Petrobras em 2020, quando a subsidiária realizou cerca de 42%das cargas de petróleo do grupo. No total, a Transpetro realizou 2.604 operações, média de 249 por mês.

Nos terminais e oleodutos, a Transpetro encerrou 2020 com movimentação de petróleo e derivados ligeiramente acima do registrado no ano anterior. De janeiro a dezembro, foram movimentados 568.455.175 m³, resultado 0,2% superior ao montante alcançado em 2019. Em busca da ampliação da carteira de negócios e do aumento da produtividade, a Transpetro realizou operações inéditas em 2020. O entendimento é que esses destaques confirmam a capacidade da empresa de oferecer novas soluções logísticas ao mercado. Além disso, a empresa identifica que o último ano foi marcado por intensas ações de integração entre as operações de dutos e terminais e transporte marítimo, apresentando oportunidades de negócios cada vez mais integradas e eficientes ao mercado.

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