Com muito entusiasmo, estou assumindo o cargo de Diretor-Presidente da ABAC.
Foram muitas as batalhas e os avanços do meu antecessor, e minha intenção é dar continuidade a esse trabalho, para conquistarmos ainda mais espaço para a navegação de cabotagem.
Temos feito estudos em parceria com universidades e consultorias, como a Fundação Vanzolini e o Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura Portuária da USP, sobre a demanda reprimida de Oficiais de Marinha Mercante; e o ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain), sobre a importância do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) para o desenvolvimento do país. Esses estudos dão embasamento para busca das melhores soluções para as demandas do setor.
Outra questão que requer nossa atenção é procurar um resultado mais eficiente para a restrição da circulação dos navios nos rios, durante a seca anual que ocorre na região da Amazônia, e que vem piorando a cada ano. A falta de planejamento, por parte das instituições responsáveis por mitigar e resolver o problema, causa enorme prejuízo para a população e para as empresas.
A ABAC está, ainda, muito atenta ao tema descarbonização, discutindo as soluções propostas pela IMO (International Maritime Organization) e orientando as empresas, que investem cada vez mais para reduzir as emissões de carbono dentro dos parâmetros estabelecidos mundialmente. A cabotagem já é, comprovadamente, o modal menos poluente e ficará cada vez mais eficiente ambientalmente.
Hoje vemos as Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs) ampliarem suas frotas e investirem em novos navios, com tecnologias de última geração.
A ABAC continuará trabalhando junto ao Governo e às empresas para que os custos sejam reduzidos e a cabotagem continue a crescer. Vamos insistir na busca por segurança jurídica e isonomia entre os modais. As empresas querem poder continuar a investir e atender a crescente demanda pelo setor.
Julian Thomas, 27 de setembro de 2024