Cabotagem e sustentabilidade: os principais desafios da logística

Entenda como a cabotagem impulsiona a sustentabilidade na cadeia logística brasileira, e veja a importância da descarbonização.

Cabotagem e sustentabilidade: os principais desafios da logística

Em um cenário global onde a sustentabilidade se tornou mais do que uma tendência, um imperativo, o setor de transporte marítimo se encontra no centro do debate sobre cabotagem e sustentabilidade

Para um país de dimensões continentais como o Brasil, a escolha de modais logísticos eficientes e ambientalmente responsáveis é crucial para o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. Mas, como equilibrar a necessidade de movimentar cargas com a urgência da descarbonização?

A Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (ABAC) se posiciona como uma voz ativa neste diálogo, demonstrando que a cabotagem, o transporte de cargas entre portos do mesmo país, é não apenas uma solução inteligente e moderna, mas um pilar fundamental para a construção de uma logística nacional mais verde. 

É por isso que convidamos você a desvendar conosco o potencial da cabotagem, embasado em dados e na expertise de quem vive o setor diariamente.

O imperativo da descarbonização: desequilíbrio e emissões no transporte nacional

O Brasil enfrenta um desafio logístico complexo, marcado por um desequilíbrio significativo em sua matriz de transporte. 

Como ressalta Luís Fernando Resano, Diretor-Executivo da ABAC, em sua participação no Motiva Talks – 4ª Edição/Coalizão para Descarbonização dos Transportes: “o desequilíbrio da matriz de transporte brasileira é gritante, e esse desequilíbrio faz com que nós sejamos um país grande emissor de carbono”. Essa dependência excessiva de um único modal não só encarece o frete, mas também impulsiona a emissão de carbono em níveis alarmantes.

A busca por soluções é urgente e aponta para três grandes alavancas: o equilíbrio da matriz de transporte, a eletrificação da frota e o uso de biocombustíveis e alternativas. 

Resano critica a decisão da Organização Marítima Internacional (IMO), que, sob pressão, adiou a descarbonização do setor marítimo por um ano. “Eu acho que não [deveria haver o adiamento]”, afirma ele, reforçando a necessidade de lutar ativamente por essa descarbonização, independentemente das posições internacionais. 

Para a ABAC, a preocupação com o meio ambiente não é uma agenda futura, mas uma realidade que impacta o setor hoje.

 

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Cabotagem: a resposta eficiente e sustentável para o reequilíbrio da matriz

O reequilíbrio da matriz de transporte brasileira encontra na cabotagem uma das suas maiores aliadas. Ao contrário de outros modais, a cabotagem não tem limitações de capacidade de embarcações, dependendo unicamente da demanda. 

Resano explica: “hoje, pela legislação brasileira, nós podemos ter quantos navios forem necessários”. Isso representa uma enorme capacidade ociosa que pode e deve ser explorada.

Para desmistificar a percepção de que a cabotagem é “pequena” ou “irrelevante”, o Diretor-Executivo da ABAC apresenta um dado impactante: “no ano passado nós transportamos um milhão e meio de containers”. Para colocar em perspectiva, ele compara esse número ao transporte de cargas para os Estados Unidos, que soma cerca de “quatrocentos mil containers” anualmente. 

Inovação e protagonismo brasileiro em combustíveis verdes

A transição energética no setor de transporte naval é uma das chaves para a sustentabilidade. E, aqui, o Brasil tem um papel protagonista. Em vez de focar em soluções que exigem importação e tecnologia ainda não madura no país, como a amônia, o Brasil deve capitalizar suas vantagens naturais, como o biocombustível.

O Brasil tem a capacidade de liderar o movimento nacional e internacional de combustíveis alternativos, especialmente através do desenvolvimento e uso de biocombustíveis. Já existem exemplos práticos dessa liderança: Resano destacou que uma empresa de navegação interior transportou comboios de cem mil toneladas utilizando biodiesel que ela mesma produz, alcançando “zero emissão”. Este é o caminho que a ABAC defende e incentiva: pensar em soluções que valorizem a riqueza e a capacidade de inovação brasileiras.

Enfrentando os efeitos climáticos e combatendo a desinformação

Os impactos das mudanças climáticas já são uma realidade para o setor de cabotagem. Resano exemplifica a seriedade da situação ao relatar que, em 2023, os navios de cabotagem “não conseguiram chegar a Manaus durante 45 dias”, resultando em “45 mil containers” que deixaram de ser transportados. 

Em 2024, um desastre similar foi evitado graças à iniciativa do setor privado. “A preocupação com o meio ambiente faz parte do nosso dia a dia. Nós temos que trabalhar intensamente para redução das emissões, porque elas estão impactando sim”, afirma.

A percepção pública sobre a cabotagem também é um desafio. Uma pesquisa recente da CNI revelou um paradoxo: “quem usa cabotagem usa porque ela tem o menor custo; quem não usa diz que é porque tem custo”. Isso sugere uma falta de conhecimento sobre o modal, que a ABAC busca ativamente combater. 

A verdade é que não há concorrência entre os modais, mas sim uma complementaridade vital para uma matriz de transporte equilibrada, que integre rodoviário, ferroviário e aquaviário.

Cabotagem: um convite à inovação e à colaboração para um futuro mais verde

A cabotagem e sustentabilidade representam uma dupla poderosa para o futuro logístico do Brasil. Através de uma matriz de transporte mais equilibrada e do investimento em biocombustíveis, o país pode não apenas reduzir sua emissão de carbono, mas também fortalecer sua economia e proteger seus recursos naturais. 

A ABAC está na vanguarda desse movimento, trabalhando para educar e informar sobre o papel vital da cabotagem.

Juntos, podemos combater a desinformação e elevar a cabotagem ao patamar que ela merece, como uma solução inteligente e moderna para a logística nacional.

Para saber mais, visite nosso site ou explore nossos canais nas redes sociais. Ajude-nos a construir um futuro logístico mais sustentável para o Brasil!

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